da filosofia à ficção, retratando a realidade
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publicado por santissimatrindade, em 14.07.08 às 00:57link do post | favorito

 


AVISO: Este artigo não se dirige aqueles que perderam o dom infantil da Curiosidade.

  Para alguém com pouca ou nenhuma cultura histórica, qualquer teoria da conspiração pode ser sinónimo de devaneio intelectual por parte de quem se atreve a defender tais perspectivas. No entanto, não é preciso muito esforço para nos convencermos de que as conspirações existem, sempre existiram e que a história não é escrita senão pelos vencedores. O processo histórico não está entregue ao acaso, uma pequena parte da humanidade detém e controla os recursos energéticos sendo por isso detentora de um poder incalculável nos destinos da restante massa humana que deles depende. O magno objectivo destes impérios económicos, é manter e ampliar esse poder a qualquer custo, sendo a conspiração e o secretismo os meios básicos e absolutamente necessários para tal fim. Os governos ocidentais, não passam hoje de subsistemas e a sua aparente autonomia está submetida a um sistema maior que lhes condiciona as decisões.
As bandeiras da liberdade, da igualdade e da fraternidade, são as cenouras á frente do burro quando na realidade, estes valores estão a ser constantemente subvertidos no processo daquilo a que Winston Churchil chamou “ a grande Cabala” .
  A procura da verdade é urgente mas cada vez mais difícil. A mundividência empacotada que as televisões e os jornais nos oferecem traz bicho; o excesso de informação dos dias de hoje é um novelo infinito de teorias de tudo para todo o gosto. Podemos, dada a finitude da vida humana, não ser capazes de aceder a verdades metafísicas (se é que elas existem) mas tal não se aplica a factos efectivos. Acreditamos na capacidade mas acima de tudo no direito que temos para aceder á verdade empírica acerca dos factos históricos, sociais, económicos e políticos que determinam e condicionam directamente a forma como vivemos e encaramos o mundo. 
 Para quem deseja saber um pouco mais acerca dos mecanismos conspirativos pelos quais toda a humanidade é hoje controlada, e para que nenhuma teoria da conspiração corra o risco de incorrer em devaneios ociosos, sugerimos na santíssima trindade, a leitura de quatro livros essenciais:


-     ADMIRÁVEL MUNDO NOVO” de Aldous Huxley,1932:
  Obra de ficção onde o autor descreve uma sociedade futurista que reflecte o seu desencanto com o mundo industrializado. Huxley, lança o alerta para a potencial ameaça que o progresso tecnológico representa para os direitos civis mais básicos dos indivíduos. 
 Pensámos que nem mesmo Huxley, alguma vez previu que as profecias que imaginou em 1932 para o ano de 2500, começariam a realizar-se tão rapidamente. O mundo novo descrito por Huxley é um mundo sem valores humanos fundamentais, os indivíduos são criados em série e todos ocupam o lugar que lhes foi atribuído numa sociedade mecanizada. Em 1949, Huxley afirmava: “Na próxima geração, acho que os senhores do mundo descobrirão que o condicionamento infantil e as narcopsicoses são mais eficazes como instrumentos de governo do que os garrotes e os calabouços (...) e que a avidez de poder pode ser saciada tão cabalmente se através da indução, se conseguir que as pessoas amem a sua escravidão...”

-  “1984” de George Orwell,1945:
Nesta obra de ficção, escrita em 1945, Orwell descreve um estado futurista onde uma sociedade hiper vigiada não conhece o conceito de liberdade. Esta obra inspirou o famoso reality show televisivo “BigBrother” onde um grupo de pessoas se submete á vigilância permanente de todos os seus actos. Num olhar atento pela conjectura hodierna facilmente se percebe a relação directa entre a disseminação do medo global e a progressiva perda das liberdades individuais em nome da segurança. Com isto fica claro que “1984” não é um mero romance de ficção política mas a expressão da inteligência visionária de George Orwell. Um alerta para todos. Obrigatório.

- “DESMANTELAR A AMÉRICA” (Ensaios de Lisboa) de Oswald le Winter, 2001:
Oswald le Winter, para além das inúmeras missões que cumpriu como espião para o governo dos Estados Unidos, trabalhou para a CIA entre 1965 e 1995. Foi chefe do ITAC na NATO e ascendeu a major-general no Exército. Em 1988 denuncia os crimes da CIA e em 1998 é condenado á prisão por alegada fraude numa operação conjunta entre a CIA, o FBI e o MI-6. Está exilado em Lisboa desde 2000. No final de 2001, publica exclusivamente em língua portuguesa “Desmantelar a América”, com seis edições em apenas dois meses.
 Ao contrário das obras de Orwell ou Huxley, esta obra de Oswald não é ficcional mas sim reveladora das tramas reais com que actualmente os “senhores do mundo” manipulam a nossa vida nas suas mais variadas dimensões.
 “Desmantelar a América” expõe os mecanismos essenciais das agências governamentais dos Estados Unidos para a protecção e expansão de um Império em que, os valores éticos da Constituição democrática apenas servem de pele de cordeiro para encobrir um lobo voraz.
Entre as inacreditáveis revelações deste livro, o destaque vai para a acusação da implicação da CIA no caso Camarate e para a teoria sobre a participação dos serviços secretos americanos na execução dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001. De leitura Obrigatória.

- “DEMOCRACIA E SECRETISMO” ( Mais Ensaios de Lisboa) de Oswald le Winter, 2002:
Oswald le Winter volta á carga para dizer o que não foi dito em “Desmantelar a América”.
Na Segunda parte das crónicas de Lisboa, são desvendados pormenores inéditos acerca dos atentados de Oklahoma e dos assassinatos de John F. Kennedy, Malcom X e Martin Luther King.  A tese que atribui á administração Bush a execução do11 de Setembro é aqui reforçada com argumentos sóbrios e de inegável validade. Na descrição da capacidade holística do sistema ECHELON e do funcionamento dos satélites espiões, são expostos factos que elevam de vez George Orwell ao panteão dos visionários. Porque razão os Estados unidos são o maior supermercado de armas biológicas? Quem lucra com os assassinatos dos direitos civis no ocidente? Qual o interesse real da guerra da América ao Islão? Quais os portugueses que pertencem á poderosa Sociedade Bildberg? Para conhecer a resposta a esta e a outras perguntas, leiam o livro!

 Ler atentamente cada um destes livros é ampliar a consciência, é abrir os olhos para lá das aparências e dos factos superficiais!
Esta lista não pretende excluir em importância, todos os outros livros que com a mesma seriedade, fazem a exposição do mundo conspirativo e calculista em que vivemos, isso seria injusto, dada a impossibilidade de conhecermos todas as publicações existentes no género. A liberdade passa pela informação e a ignorância é uma forma de submissão.
Muitos podem perguntar: “E de que me serve tudo isso?” Aqui na Santíssima Trindade acreditamos que a resposta está dentro de cada um de nós, basta procurar....


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publicado por santissimatrindade, em 24.06.08 às 03:36link do post | favorito

 

O novo e 6º albúm  de Sigur Rós chama-se  með suð í eyrum við spilum endalaust, acabei de ouvir agora ficando mais uma vez perplexo e simplesmente fundido com esta maravilha da Escandinávia.  O primeiro single chama-se Gobbledigook, e notamos   estão mais  vivos e experimentais. O  video da musica  vem com uma mensagem de liberdade e pureza  indescritiveis, continuando a pertencer a um universo ao qual  a banda nos habituou, confiram. Não vou falar  mais do albúm pois quem ouvir irá descobrir por si só. Eu confesso que me rendi mais uma vez à simplicidade e harmonia complexa emitida pelos sons de Sigur Rós.

Simplesmente Obrigatório.
 

o meu ego está:

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publicado por santissimatrindade, em 13.05.08 às 01:20link do post | favorito

 

Malicia e crueldade em estado puro.

O Austríaco Michael Haneke (realizador) sempre teve olho para a sociedade crua e moderna, documentando as suas falhas. O seu cinema é capaz de mostrar ao espectador todo aquele medo que passamos no quotidiano das nossas vidas…
Em 1997 presenteou-nos com a pérola Funny Games, um thriller cheio de drama, terror e agonia caracterizado por toques suaves de subtileza, tornando-se um marco na sua carreira. O medo é sem dúvida uma das componentes da filmografia do realizador (Caché, La Pianist ). Haneke gostou tanto da experiência que 10 anos depois faz o remake do seu próprio filme e traz-nos agora Funny Games – US.
Quem gostou da primeira versão deste thriller vai sem dúvida abraçar a segunda. Além da realização estar a cargo da mesma pessoa, estamos perante um elenco central assombroso (Naomi Watts, Michael Pitt, Tim Roth, Brady Cobert…) tal forma capaz onde as interpretações são elevadas ao estado de graça da perfeição, principalmente a incarnação na dupla de sóciopatas que levam o espectador a entrar num jogo tanto de irónico quanto o de malicioso, deixando-nos uma espécie de prazer mórbido.
Um filme violento e dramático que vai aos confins da alma humana colher malícia e crueldade em estado puro. Os diversos diálogos tornam-se ironicamente alucinantes criando sentimentos de omnisciência pelos sóciopatas presentes no desenrolar do filme, fazendo o espectador agonizar emocionalmente como se fosse a própria vítima, transportando-o para a génese da dicotomia ficção-realidade, nem sempre facilmente diferenciável.
Pode ser que desta vez o continente Americano volte os olhos para o aclamado realizador Michael Haneke.


Filme a não perder!
 


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publicado por santissimatrindade, em 13.05.08 às 01:10link do post | favorito

 

Da matemática ao mistério.


O Fantasporto de este ano teve cinema espanhol em peso que detonou completamente na atribuição de prémios. Um dele foi La Habitacion de Fermat (O enigma de Fermat) que  arrecadou o Méliès D’Argent na Semana dos realizadores e melhor argumento na Secção Oficial Cinema Fantástico.
Argumento e realização a cargo da dupla Luis Piedrahita e Rodrigo Sopeña, vinda do mundo televisivo e que se estreia pela primeira vez no cinema com este fantástico puzzle repleto de matemática.

La Habitacion de Fermat parte de uma premissa nada complexa: ao responder certo a uma carta (enigma), quatro matemáticos são convidados para irem passar o fim-de-semana a tentar resolver ao que o enigmático Fermat, autor da carta, chama “o maior mistério matemático de sempre”. Chegados ao ponto de encontro os matemáticos descobrem que estão encurralados numa sala onde as paredes começam a encolher em função do tempo de resposta que demoram a resolver os enigmas que lhes são enviados por PDA. A cada instante que passa começam a aperceber-se que existem elos de ligação entre eles, mas o que terão em comum?!.
Ainda que nos recorde de Cube e Hipercube, é apenas momentâneo pois a repercussão deste é bem diferente, coincidências, traições e a rotação ou reviravolta final tornam este filme delicioso. O Argumento incorpora a matemática reforçando o ambiente de mistério que ao longo do filme joga com as personagens e com o espectador quer ele goste ou não de matemática.

A dupla decidiu arriscar ao fazer um triller misterioso onde a matemática seria o epicentro, mas a receita soa muito bem, a ponto de estimular o espectador a entregar-se e ceder á matemática, até porque está presente em tudo que nos rodeia. O filme torna-se numa espécie de exercício mental bastante cativante e o mistério acompanha o filme em grande parte tornando-o intrigante. E apesar de no filme notarmos que falta polir algumas arestas, o trabalho da dupla tem que ser reconhecido. e cá eu fico a aguardar o próximo filme.

Recomendo mesmo…
Em estreia  esta semana.
 


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