Erik Lamens, um dos colaboradores da compilação de curtas belga 10 jaar leuven kort (2004), estreia-se no grande ecrã com o filme SM-rechter. Um filme que faz uma análise sobre a questão do S&M (Sadomasoquismo), servindo-se de um escândalo público e verídico que chocou a Bélgica em 1997.
SM-rechter foi produzido pela produtora belga Caviar films e é falado em Holandês. Nele reencontramos talentos como Gene Bervoets (Loft (2008) e Duska (2007)) e Veerle Dobbelaere (Polleke (2003)), dois protagonistas entregues com unhas e dentes à personagem.
SM-rechter prima ao abordar de maneira tão sublime, mas igualmente discreta, um assunto tumultuoso que ainda hoje não é aceite na sociedade, apontando o dedo à manipulação justiça e conservadorismo.
A história foca-se no casal Koen e Magra. Ele é um juiz respeitado e bem sucedido, ela é uma pintora que perdeu o emprego. O casamento de 15 anos está em crise e Madga encontra-se mergulhada numa depressão, inerte, ignorando o marido e a filha. Desesperado para salvar o casamento, Koen aceita ceder à esposa, o que esta sempre quis: a sensação de dor extrema e prazer, sendo obrigado a procurar clubes no submundo do sadomasoquismo.
Uma história polémica, profunda e sensível.