Em direcção a saída
O desabrochar de uma flor, torna-se propicio ao meu caminhar,
Rodopio em torno de mim, como se num polvorinho estivesse a latejar.
Debaixo da figueira, existe uma esfera lunar com vontade de se saciar
E cães uivam e enroscando-nos em presságios apocalípticos vindos do altar.
Jarras de água com desenhos tépidos e tétricos, e eu só ouço os mortos a ganir,
Vejo na minha voz cilindros que alisam a minha dicção, e beatas no altar a cuspir.
Ondas electromagnéticas do verde prado e padres absorvidos e afogados no pecado
Julgam-me por afrontá-los com verdade, eu ponho as mãos e sorrio-lhe de bom grado.
Num futuro distante, tiro um bloco de notas para anotar as desgraças
e a lucidez é um estado em vias de extinção e já ninguém liga ás massas.
Já só me resta uma bala, aquela que pretendo alojar no crânio e acariciar,
depois ouço uma erupção vulcânica adormecida que caminha sobre mim a levantar.
Até que o desabrochar das consequências, transmite sinais apagados num xisto….
Afinal quem sou eu? Afinal quem és tu? Eu? Não sou eu, pois não existo.