Tokyo! é um dos filmes mais salientes da época, bastante aclamando na edição de  Cannes 2008, e arrecadou uma serie de prémios em outros festivais pelo mundo.
 Um filme antologia que junta 3 histórias onde o ponto em comum é a excelsa cidade de Tokio, o surreal e o original. O formato do filme faz lembrar obras como Three Extremes (2004), Paris je t’aime, Takut : face of, etc, onde vários realizadores são convidados e cada um realiza uma história.
A primeira Chama-se Interior Design e foi realizada pelo francês Michel Gondry, o mesmo de La science des rêves ou Be kind Rewind). A Segunda chama-se Merde e veio a cargo do também francês Leos Carax, conhecido pelo seu aclamado filme Pola X (1999). E a última apelida-se de Shaking Tokyo e é realizada pelo Sul Coreano Joon-ho Bong ,  autor filmes como The host  ou Memories of murder.

Não percam um filme soberbo.
 

Weekend cu mama / Weekend with my Mother

Weekend with my Mother é uma das grandes apostas do cinema Romeno para 2009, realizado por Stere Gulea que voltou à realização 14 anos depois do seu último filme, State of Things.
Weekend cu mama conta a história de Luiza, uma mulher que deixa o seu país de origem, a Roménia, na esperança  de recomeçar uma vida nova em Espanha. Aos cuidados da família fica uma filha de 3 anos. O filme começa com o regresso de Luiza à Roménia  onde reencontra a filha agora mergulhada no vício da Heroína e namorada de um traficante.
Weekend with my Mother é um drama intenso, uma história crua que retrata o mundo da droga, o vício, o tráfico, e os negócios mais sombrios de uma Roménia decadente. Um filme que esbanja sensualidade , desde o bom gosto da banda sonora ao carisma dos actores (rostos conhecidos do cinema romeno) ou mesmo pela maneira subtil e aprazível de como é filmado.
Diferente, mas Simplesmente Brutal. Um dos filmes de culto de 2009

Rm  2009

 

Vindo do universo dos videoclipes, Johan Renck estreia-se no grande ecrã como realizador com o seu primeiro filme. Um Drama chamado Downloading Nancy com Maria Bello,  Jason Patrick e Rufus Sewell.
Baseado numa história verídica, a longa transpõe no ecrã a história de uma mulher casada e ignorada pelo marido, que a ver-se embebida na solidão, procura na internet a pessoa para a matar (Libertar segundo ela).
Downloading Nancy é um drama com um sabor intrigante, um filme repleto de tranquilidade também recheada de momentos de muita inquietude direccionável a uma certa evasão que geralmente está presente no cinema independente.
Ficamos diante de uma trama bastante refrescante (no termo de refrescar as ideias) que evoca a tragédia em torno da glória conseguindo surpreender a cada instante.
O Elenco central é também umas das razões porque Dowloading Nancy é um grande Filme.

Bizarro, extremamente indie e acima de tudo muito tranquilo.

rm 2009
 

Pupilas saltam em nenúfares que brotam leveza, são como cláusulas de um contracto QUE AINDA Não assinei. Uma vez pensei em suicídio com caramelos mas de repente  vi-me ao espelho e as minhas bochechas pareciam  AS BOSSAS DE UM CAMELO. NÃO SEI DIZER SE por DESGOSTO ou DESMAZELO, ou SE TODO AQUELE ESPAÇO ENEVOADO, SE TODAS AS  DORES PELAS QUAIS PASSEI. Todas me VIERAM À MEMÓRIA MAS EU NÃO ERA EU. EU TRANSFORMAVA-ME  NUM OBJECTO INANIMADO COMO SE A BOCA DE UMA SANDÁLIA OU A AGUA QUE NÃO EXISTIA NO AQUÁRIO ME AFOGASSE POR INTEIRO. NÃO É  NADA FÁCIL ENCONTRAR CABEÇAS DE ANJOS…DESENLAÇAR-ME DOS LABIRINTOS ESTATAIS, É COISA DO DIABO. OS QUERUBINS aos pés da cama CONTINUAM FEIOS MAS SORRIDENTES, MUITO À SEMELHANÇA DOS ADORADORES DE OURO.   MAS O QUE É QUE EU IA A DIZER…? …COMO DEVEM COMPREENDER É EXTREMAMENTE  DIFÍCIL EXPOR-ME DESTA FORMA COM O LEITOR.
RAISTAFODA, SINTO-ME TOCADA POR UMA CAMBADA DE ESPINHOS, fumo umas gaNZAS BEBO UNS VINhos, E NA COMIDA NUNCA USO AÇaFrÃo , É UM FACTO.
TERIA SIDO MAIS EXTENSA SE A MINHA FORMA DE ME EXPRIMIR FOSSE OUTRA. POR MAIS QUE TENTE matar a loiça, esta acaba por me atrair para ultra colunas com decibéis elevados e nem onde nem o pasto das ovelhas consegue ser mais concreto.
Que levais no regaço senhora? ... É tédio senhor é tédio…

Texto e Ilustração:  Aurélia Maia.