da filosofia à ficção, retratando a realidade
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publicado por santissimatrindade, em 04.11.09 às 04:38link do post | favorito


Realizado por Brett Harvey e escrito pelo próprio juntamente com Adam Scorgie, The Union: the business behind getting high, é um documentário, que aborda o que realmente existe por detrás do negócio da cannabis no continente americano.
O comércio ilegal da cannabis transformou-se num negócio gigantesco que mobiliza $7 bilhões de dólares anualmente apenas no Canadá, com cerca de mais de 85% da ‘BC Bud’ (termo genérico para alguma variedade de cannabis que cresce na província Canadiana da British Columbia)  ser exportada para os States, quem diria... 
Apesar de abordado numa forma abreviada,  Adam Scorgie encaminha-nos com os princípios e como as políticas que levaram à classificação da cannabis como " droga forte e perigosa", confrontando-nos com a questão: Porque uma fonte de tão grande rendimento é proibida? Quais os interesses por detrás disso?
O documentário leva-nos também ao negócio do cultivo doméstico pela Califórnia, que é hoje um negócio multimilionário por toda a América. No entanto a sociedade rejeita e não aceita os benefícios naturais da planta, preferindo gastar milhões em processos e prisão daqueles que a cultivam, vendem e/ou fumam.
Uma descarga de informação histórica, económica, política e social sobre o mundo que envolve o cannabis. Um excelente documentário atestado de curiosidades e apelos interessantes sobre esta dádiva da natureza.

Informação muito interessante e relevante sobre a verdinha.

 

 

 


 

o meu ego está:

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publicado por santissimatrindade, em 13.08.09 às 18:02link do post | favorito

 

A noite esmorecia-se, reflectindo esguichos de luz que iluminavam os quatro quadrados de uma janela suada de borboto. Um galo canta até se esganar, entretanto vejo atravessar por entre a pálida luz um vulto esboroado e descontínuo. Uma perra farta-se de regougar e um forasteiro de ar cândido apanha as beatas que vão manando pelo chão.
Caminho passeio abaixo, e para meu pasmo, avisto numa ventana entreaberta, uma jovem de gatas, com a cara imunda a escorrer pedaços de dióspiros que esta saboreava sofregamente como porcos a chafurdar na escória, enquanto um macho lhe executa um botão rosa. …São gemidos de cadela que povoam a cidade, umas laureiam os xales, enquanto as mais artistas derramam sobre o chão vómitos de prurido burguês.
Ao passar num pátio, vejo uma matilha de catraios que atacavam com carrapitos uma miúda sardenta de cabelo às riças e purpurinas dentais, pobre menina que tanto bramia.
 Desço uma rua repleta de preservativos viscosos que decoravam o chão como se fossem pega monstros, as paredes pareciam com as dos lavabos de gentalha, mas com um toque pós-moderno decadente… Que gente! Conforme afundava na viela… Ia topando avestruzes e patetas em sintonia simbiótica, entre prazer e narcóticos, avistavam-se a vomição catapultada de um novo mundo submerso. Continuando rua abaixo, na varanda, padecia a pobre Marília, desgraçada, a sua vida era sintonia nas línguas de vadias da vizinhança. Ficou amante do cinto de cabedal que dera de presente ao marido, diariamente o sentia nas costelas … seus gritos entoavam tão intensamente, lembrando os sinos da catedral que aspiram por virgens negras.
O padeiro leva um saco de farinha ao sapateiro, este troca-o por um envelope a um engenheiro de fato esverdeado. As latas de coca cola sobressaiam na prateleira de uma confeitaria, conjugando com vulto de uma mulher ensopada e desprovida de beleza …pobre criatura… espalhava a tristeza pelo esplendor de uma avenida, um autentico acto final de tragédia grega.

-Não existem pobres! Só imbecis!
 Exclamava um sem abrigo ao roubar uma gasta senhora que passeava a sua bolsa e era arrastada pelo seu pulguento. Um polícia tenta intervir, mas é interceptado por uma carrinha que o projecta em direcção à vidraça de um restaurante derrubando o quadro de menus do dia. Isabel deixa o pingo a meio e vais cuscar a concorrência …uma mariposa dissimulada! Pois apesar do seu ar de piedade, desabotoa dois botões da camisa e arrisca sobressair à imprensa. Zaida de orelha em pé, largar o secador e pendura a cliente que se prepara para uma tarde rosada no motel com o cunhado, este e o engenheiro gargalham enquanto se drogam e vêm os vídeos íntimos dele e da cunhada.
 Pássaros passam como fuzis, mas de que fogem? Não bebi …mas sei que vi. Ahahahahah …estou sem ar …não desmaio mas é como se acumulasse camadas de dor uma a uma e não as sofresse. ...Que pavor, que paz …que tormento. E foi mesmo! Durante uns segundos deixei de sentir o corpo. Provavelmente do excesso de nicotina e outros resíduos. Tanta coisa ou nada.
Adoro rosbife de vaca, mas choro ao ver arroz de pato.
Sádico? Trágico? Ou espectador?
Tudo circula e transmuta em seu louvor!
Tudo em torno de perdigueiros que se escoam no mato.
Para assingelar,  basta coçar a vista,  que lhe caia a casa abaixo, quero lá saber!
 É como se nada tivesse acontecido.

Este texto é uma homenagem a Bettie Page .

 

Texto e ilustração: Aurélia Maia

o meu ego está:

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publicado por santissimatrindade, em 19.05.09 às 00:39link do post | favorito

 

Ao grande amigo, co-fundador e principal dinamizador deste espaço, sem o qual há muito este projecto estaria abandonado, a Santissima Trindade deseja as rápidas melhoras e o pedido ávido de tão bons ou melhores textos!

 

É pano mas é merecido!

 

o meu ego está:

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publicado por santissimatrindade, em 11.05.09 às 22:56link do post | favorito


Por detrás dos cortinados vive Zélia, uma viúva fascinada com sua própria formosura,   deslumbra-se com bijutaria barata e trezentol. De costas para o sofá reflecte frente ao espelho, já estalado outrora pelo tempo ou por temperamento frustrado, a beleza do seu o seu corpo devidamente decorado por estigmas das coxas á face, tudo em louvor do messias.
Carina, uma trintona virgem e vizinha desta, embebida num cinismo pretensioso e  cusquice assimilada, tenta avistar o que escondem aquelas cortinas encardidas pelo fumo e sedentas de uma lavagem a seco. Um buraco de cigarro na cortina, proporciona a esta o espectáculo no interior de quarto de Zélia, que se masturba com um crucifixo lubrificado em óleo fula onde fritou rissóis de berbigão.
Carina ao ver aquilo fica chocada e desorientada, começa a correr até à rua da desgraça. Entra num tasco e dirige-se para a retrete, onde encontra um homem de mastro na mão a regar o urinol. Em dez segundos o hímen desta é rasgado trazendo consigo uma descarga de emoções e sensações à ex- virgem desalmada. Foi através de um buraco de uma cortina que Carina se descobriu a si própria.
 

by Jusis 2009

o meu ego está:

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publicado por santissimatrindade, em 14.01.09 às 22:00link do post | favorito




A desgraça em que vivemos


Nos dias de hoje a sociedade comporta-se como sendo um penico cheio de pretensões alheias que quer ser um W.C. Começa nos quintais, cheios de penicadas intransigentes e vaidade de papel higiénico usado com se estivesse ainda dentro da embalagem.
Cobrem-se de carradas de penicadas com o intuito esconder todo o degredo que são, abraçando um ar regateiro e astuto como se fossem a rainha do bordel (casa de quinta claro!). Na sua essência, isto é, lá no fundo da raiz do seu putedo absoluto (e todas elas o têm, venha quem vier), toda a sociedade e o seu integrante não passam de trapos ao léu que todavia foram deixados num espantalho a fim de atrair os pássaros e as suas cagadelas.
Ao observar os diferentes nichos da sociedade, podemos concluir que consoante vamos subindo de estatuto mais penicada  encontramos agregada ao indivíduo que nele está inserido. Repare-se que entre  futilismo e penicada as diferenças são nulas, podemos usar o exemplo das donzelas e dos zé(s) niguém  descendo as avenidas,  cheios de peneiras com  seus penicos na cabeça, ao qual eles dão o nome de chapéu e na Inglaterra é sinonimo de cavalheirismo  nos homens (um completo absurdo) e  de classe nas donzelas (um bando de frustradas afogadas numa vida de estética tão artificial quanto a vida destas). 
Na realeza a penicada sempre presidiu como uma espécie de  simbologia de poder, repare-se que o rei usa um penico de metal dourado  (ao qual tiveram a distinta lata de chamar coroa) afim simbolizar   o monte de merda que a sua figura representa,   e já nem vou salientar a energia de estado penico-depressivo que a figura da  rainha arrasta com a sua inata e estúpida presença.
Uma sociedade cheia de penicadas para nos prender a costumes de merda, obrigando o cidadão a usar penicos a torto e a direito sem necessidade alguma, impondo penicadas absurdas.
 

o meu ego está: Jusis

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publicado por santissimatrindade, em 11.12.08 às 23:00link do post | favorito



Varandas, polidas com neve, manipulam a temperatura até nos regar com  uma brisa tremula,  revestindo-nos de um gélido Inverno.
Lénia continua empoleirada na varanda, como se uma galinha no poleiro, que automaticamente foge ao ver nevoeiro que se avista trazendo consigo morte e desassossego.
Vultos rondam lá fora na penumbra, pelo menos na cabeça do pequeno Izidro ao ouvir  zumbidos ciclónicos, que dominado por um sentimento de pânico esconde-se dentro de um baú acabando por sufocar.
Carma, uma virgem estupidamente frustrada e desenxabida,  masturba-se com bocados de velas frente a uma foto de Salazar.
O relógio da igreja conta 6 horas pela segunda vez, no dia, ao mesmo tempo Hermínia , deitada na cama dá o ultimo suspiro, deixando de pertencer ao mundo dos mortais.
Na serra, um cordeiro envenenado pelo pastor, serve de banquete para um casal lupino que lhe tinha dizimado o rebanho.
Na casa paroquial, o padre descansa depois de uma hora intensa de sexo anal com o sacristão, que acreditava estar a cumprir a merecida  penitência  após a confissão.
E o Presidente da Junta conta os tostões que roubou do povo,   antes de ir aquecer a cama da sua adorada filha mais nova.
O inverno é como uma sociedade que está a cair aos pedaços, frio e dissimulado.
 


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publicado por santissimatrindade, em 20.11.08 às 23:05link do post | favorito




Nota espontânea:

Parece-me, e sublinho o verbo, que o novo trabalho dos The Killers é excelente para perfumarias, festas de domingo, elevadores e bancos de trás duvidosos mas não me convenceu ...num funeral alegre também não vai mal e parece até chique.Que desgosto senhores, que desdesgosto...


 

o meu ego está:

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publicado por santissimatrindade, em 29.10.08 às 21:36link do post | favorito


 

HIGH SCHOOL MUSICAL 3 - O vomito do ano

Kenny Ortega foi e é  o realizador e coreógrafo de produções berrantes e mais básicas do  Disney Channel "High School Musical" e "The Cheetah Girls " ( este segundo nem sequer  conheço, mas só aquele nome de porta de supermercado diz tudo).
Antes de mais nada gostava de saber, que raios  este senhor têm na cabeça, provavelmente deve ter passado a sua infância a sonhar em ser a Lisa Mineli , e como não conseguiu o feito, decidiu descarregar a sua frustração fazendo a sucatada do  High shcool musical. Deveras frustrante!

Em 2006 surge com a 1ª abominação da saga, posso dizer que fiquei curioso e comecei a ver, no entanto não aguentei 10 minutos, letras piores que as dos salmos da igreja, banalmente irritantes, parecendo que tudo era pretexto para cantar aquelas músicas horrorosas. Fiquei então vacinado contra a saga, mas longe de mim imaginar que se prolongasse desta maneira. Sem razão nem talento Ortega é logo convidado para fazer uma sequela, eu nem queria acreditar mas vindo das Disney não me espantou. O que mais me chocou, foi a febre na qual aquilo se tornou desde musicais, cd’s, bandas, etc., uma bosta daquelas tornar-se num fenómeno é inadmissível, fazendo até lembrar a programação da TVI. A culpa é do povo e da sua falta de imaginação, que faz com que fiquem submissos a este tipo lixo televisivo, e depois dessa uma lavagem cerebral não vêem outra coisa à frente.

Por fim, o maior choque que eu tive foi ao descobrir que um horror destes vai estrear no cinema, o terceiro filme vindo directamente do contentor da pubela, o ideal para quem vê cinema por ver e não gosta de pensar muito. Tenho também sido constantemente perseguido com publicidade a este projecto infeliz é no rádio, internet, televisão, na rua, etc.,  a Disney costumas fazer estas figuras tristes de vez em quando, é mesmo caso para dizer basta desta bosta.

Pergunto e então, qual a razão para tanto mediatismo? não é pela qualidade do filme de certeza, é de revoltar .
Quanto ao Sr. Ortega desejo-lhe uma diarreia em triplo, uma por cada filme.
Que horror!

 

o meu ego está:

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publicado por santissimatrindade, em 28.08.08 às 12:03link do post | favorito

Espigas de milho
Brotam nos Campos Elisios
Espigas de Outono
Brotam em campos de trigo

Era já tarde quando
Subitamente se vomitou
Noite de 22º aniversário
Por pouco, quase se borrou

Espigas de milho
Grandes e amarelas
Espigas de Outono
Parecem beringelas

E o tálamo com a sua
Mão pegou
Num ápice outro paiva
Não! Não negou!

"Foi orgânico!"
- Disse ela
"Revirei tudo!"
- Que grande cadela

Espigas de milho
Os meus parabéns
Espigas de Outono
Alguém se espigou, vários améns!

 

A ti Cátix!
 

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publicado por santissimatrindade, em 20.08.08 às 00:04link do post | favorito

 

Arrotando pensamentos absurdos

Rastejando pela moita vejo um castor a bater uma punheta á chuva, entro no café ensopado á procura de sopa, tão insossa e angelical. No invólucro de uma lata, os pregos fazem sentinela e os parafusos fila para entrar. Na porta o rabequeiro escarra notas semiprateadas num chão de pó. És simplesmente feia!
O senhor dos aflitos e suas beatas fedorentas não param de me atormentar, as lápides do meu jazigo, estão prestes a rebentar de fúria. Serei cego ou tu eutanásia?
Sem paráfrase nem figura de estilo. Caramelos de fruta fritos em óleo são dissolvidos em cadáveres azedos e obras póstumas. Oiço sinos sob a cadeira de um barbeiro, ali, onde jazem punhados de cabelo outrora meu. Quem me faz um charro agora que tudo arde?
Há uma faísca azul que ao aproximar-se do vermelho, ilumina os corpetes e cintas de liga coloridas que animam aquela hora, as janelas de um bordel…e eu só queria uma sopa.
Um quarto para sair dele e descer á recepção, só pelo prazer de ver o escano reflectir a luz e o calor da lareira, só pelo prazer de cheirar as mantas esponjosas e sarnentas onde se aninham ninhadas de pulgas sobre tapetes rosa choque, comprados nos trezentos.
Depois do trabalho, alguns ainda permanecem no café, para adiar por alguns momentos, o regresso inevitável ao tédio conjugal, e sonhar que estão num bordel de quinta com adolescentes carentes e prontas a ser desfloradas em troca de algumas futilidades.

Texto e ilustração by jusis 2008.

 


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