Retrato de um traficante
O destaque do cinema brasileiro nos últimos anos não tem sido por acaso, pois a maneira crua como os cineastas debulham a realidade do Brasil e os temas polémicos que a envolvem, têm cruzado o globo e contribuído cada vez mais o sucesso do cinema brasileiro cativando até a academia de Hollyood, temos exemplo de filmes como Abril despedaçado, Carandiru, Cidade de Deus, Tropa de Elite, entre tantos outros.
Acabado de chegar Brasil, Meu Nome Não é Johnny é a última longa-metragem de Mauro Lima, inspirada em factos verídicos, conta a história de João Guilherme Estrella, carismático carioca de classe média que se tornou o maior vendedor de drogas do Rio de Janeiro e depois lidou com o sistema carcerário da república brasileira.
A narrativa do filme faz uma abordagem á vida da personagem, começando pela introdução á sua adolescência, descrevendo momentos que se tornam fulcrais para o desenrolar da história. Sentimo-nos perante um drama marcante recheado de comédia e crime, que retrata parte fundamental da história do tráfico de drogas (principalmente cocaína) no Rio de Janeiro na década de 90, ambientado ao som do rock da época.
O elenco é liderado por Selton Mello, Cléo Pires, entre outras estrelas do cinema brasileiro, com prestações á altura do argumento e produção, de facto surpreendentes, principalmente a do actor principal, um rosto bastante conhecido nas telas brasileiras.
O filme que arrisca ao trazer um conto verídico sobre o narcotráfico, que atravessa a realidade vindo para o grande ecrã trazer uma moral e perspectiva diferente daquela a que estamos habituados sobre o assunto , indo ao lado humano do traficante e provar que nem sempre o padrão da justiça é tão linear, fazendo-nos acreditar que cada caso é um caso, independentemente da situação.
Meu Nome Não é Johnny é obrigatório. Vejam!!!